967 resultados para Obesidade Teses


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um desafio na sociedade moderna controlar a obesidade e comorbidades associadas na populao. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto do treinamento intervalado de alta intensidade no contexto da obesidade induzida por dieta em modelo animal. Camundongos C57BL/6 foram alimentados com rao padro (grupo magro - LE) ou dieta rica em gordura (grupo obeso - OB). Aps 12 semanas, os animais foram divididos em grupos no treinados (LE-NT e OB-NT) e grupos treinados (LE-T e OB-T) e teve incio um protocolo de exerccio. Nos grupos treinados em comparao aos grupos no treinados observou-se que o treinamento intervalado de alta intensidade levou a redues significativas na massa corporal, glicemia e tolerncia oral glicose, colesterol total, triglicrides, lipoprotena de baixa densidade-colesterol, aspartato transaminase e alanina aminotransferase no fgado. Alm disso, nos grupos treinados, o protocolo de exerccio melhorou a imunodensidade de insulina nas ilhotas, reduziu os nveis de citocinas inflamatrias, adiposidade e esteatose heptica. O treinamento de alta intensidade melhorou a beta-oxidao e os nveis de receptores ativados por proliferador de peroxissomo (PPAR)-alfa e reduziu os nveis de lipognese e de PPAR-gama no fgado. No msculo esqueltico, o treinamento de alta intensidade tambm melhorou o PPAR-alfa e transportador de glicose (GLUT) -4 e reduziu os nveis de PPAR-gama. Esses achados reforam a noo de que o treinamento de alta intensidade relevante como uma abordagem no farmacolgica para controlar a resistncia insulina, glicemia, e esteatose heptica. Em concluso, treinamento de alta intensidade leva perda de massa corporal e pode atenuar os efeitos adversos causados pela ingesto crnica de uma dieta rica em gordura. Apesar de uma ingesto contnua dessa dieta, o treinamento de alta intensidade melhora as enzimas hepticas e o perfil inflamatrio.

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A obesidade atinge propores epidmicas em pases industrializados e est relacionada a uma srie de doenas metablicas e circulatrias. Nesse contexto, a atividade fsica, tratamento no farmacolgico da obesidade, acessvel a diversas populaes e est relacionada com a reduo do risco cardiovasvascular mesmo. O objetivo deste trabalho foi avaliar, aps mudana ou no da dieta, associao ou no a um programa de treinamento aerbico (PTA) durante 8 semanas, a possvel reversibilidade dos danos causados por uma dieta hiperlipdica por 12 semanas. Para tal, 120 hamsters machos da espcie Mesocricetus auratus, com massa corporal de 60 g, foram distribudos em quatro grupos, cada um subdividido em trs subgrupos, com dez animais para diferentes anlises. Os grupos Obeso Controle (OBC) e Obeso Exercitado (OBEX) receberam a rao hiperlipdica por 20 semanas, com adio do PTA ao grupo OBEX nas ltimas 8 semanas. Os Obeso Rao Padro (OBRP) e Obeso Rao Padro/Exerccio (OBRP/EX) tiveram a rao modificada para comercial padro e adio do PTA ao grupo OBRP/EX aps as 12 semanas iniciais. Para as anlises microcirculatrias, a bolsa da bochecha foi usada para determinao do nmero mximo de extravasamentos induzidos por 30 min de isquemia seguida de reperfuso e da reatividade microvascular aps a aplicao tpica de acetilcolina e nitroprussiato de sdio. No sangue coletado foi avaliado o perfil lipdico, glicemias quinzenais e leptina. As expresses de eNOS e iNOS foram determinadas na aorta por imunoblotting e a composio corporal avaliada nos tecidos adiposos visceral, urogenital e retroperitoneal, retirados no dia do experimento. Os resultados foram analisados com os mtodos o teste estatstico de anlise de varincia (One Way ANOVA - Teste de Kruskal-Wallis), seguido pelo ps-teste de Dunn. Resultados mostram que a modificao diettica, associada ou no ao PTA, reduziu significativamente a massa corporal (p<0,0001), comprimento naso-anal (p=0,0011) e tecido adiposo (visceral [p<0,0001], urogenital [p=0.0004] e retroperitoneal [p= 0,0083]). Nas anlises sanguneas no foram encontradas diferenas com relao ao perfil lipdico e glicemia, j na leptina houve uma reduo significativa (p=0,0039). A anlise da reatividade microvascular mostrou melhora significativa na vasodilatao endotlio-dependente nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA. Nas medidas de permeabilidade a macromolculas houve reduo significativa no nmero de extravasamentos nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA, (5 min [p= 0,0207] e 10 min [p= 0,0057]). Houve um aumento na expresso de eNOS nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA, em comparao ao grupo OBC (p=0,0352). Os resultados mostraram que a modificao diettica, associada ao protocolo de treinamento aerbico melhora a vasodilatao endotlio-dependente, aumenta a expresso da xido ntrico sintase endotelial e reduz o nmero de extravasamentos induzidos por isquemia e reperfuso, mesmo sem melhoras nos marcadores bioqumicos tradicionais como glicemia e perfil lipdico.

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A obesidade, doena resultante do acmulo excessivo de gordura corporal, importante fator de risco para diabetes mellitus tipo 2, dislipidemias e doenas cardiovasculares, doenas de alta prevalncia em todo o mundo. O processo de transio nutricional decorrente da globalizao contribuiu para o crescente nmero de indivduos com obesidade, principalmente pela modificao nos hbitos alimentares da populao, com ampla incluso de produtos industrializados ricos em gordura saturada, sal e acar, denominada dieta ocidental. Os mecanismos pelos quais a obesidade induzida por dieta leva ao desenvolvimento de doenas cardiovasculares ainda no esto completamente esclarecidos na literatura, porm sabe-se que a obesidade leva ao comprometimento da funo cardaca e do metabolismo energtico, aumentando a morbidade e mortalidade. Em grande parte dos estudos relacionados obesidade, o metabolismo energtico celular comprometido associa-se disfuno mitocondrial. Neste contexto, torna-se importante avaliar a funo mitocondrial na obesidade, visto que as mitocndrias so organelas com funes-chave no metabolismo energtico. No presente estudo, avaliamos inicialmente o efeito obesognico da dieta ocidental em camundongos Swiss por 16 semanas a partir do desmame. Para tal, analisamos a ingesto alimentar, evoluo da massa corporal, ndice de Lee, peso das gorduras epididimal e retroperitoneal, peso e morfologia do fgado, relao entre o peso do fgado/massa corporal, peso do ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal, glicemia de jejum e teste intraperitoneal de tolerncia glicose. Avaliamos tambm o consumo de oxignio das fibras cardacas atravs da respirometria de alta resoluo. Alm disso, o contedo das protenas envolvidas no metabolismo energtico: Carnitina Palmitoil Transferase 1 (CPT1), protena desacopladora 2 (UCP2), Transportadores de glicose 1 e 4 (GLUT1 e GLUT4), protena quinase ativada por AMP (AMPK), protena quinase ativada por AMP fosforilada (pAMPK), receptor de insulina &#946; (IR&#946;) e substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) foi determinado por western blotting. Nossos resultados confirmaram o carter obesognico da dieta ocidental, visto que os camundongos submetidos a esta dieta (GO), apresentaram-se hiperfgicos (P<0,001) e obesos (72,031,82, P<0,001), com aumento progressivo no ganho de massa corporal. Alm do aumento significativo dos parmetros: ndice de Lee (362,902,44, P<0,001), gorduras epididimal e retroperitonial (3,310,15 e 1,610,11, P<0,001), relao entre o peso do fgado/massa corporal (0,060,003, P<0,001) e peso de ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal (0,080,002, P<0,01), hiperglicemia de jejum (192,1014,75, P<0,01), intolerncia glicose (P<0,05, P<0,01) e deposio ectpica de gordura no fgado. A respirometria de alta resoluo evidenciou disfuno mitocondrial cardaca no grupo GO, com reduzida capacidade de oxidao de carboidratos e cidos graxos (P<0,001) e aumento do desacoplamento entre a fosforilao oxidativa e a sntese de ATP (P<0,001). Os resultados de western blotting evidenciaram aumento nos contedos de CPT1 (1,160,08, P<0,05) e UCP2 (1,080,06, P<0,05) e reduo no contedo de IRS-1 (0,600,08, P<0,05). No houve diferena significativa nos contedos de GLUT1, GLUT4, AMPK, pAMPK, pAMPK/AMPK e IR&#946;. Em concluso, o consumo da dieta ocidental resultou no desenvolvimento de obesidade com disfuno mitocondrial associada a alteraes no metabolismo energtico.

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O desmame precoce (DP) leva ao desenvolvimento tardio de obesidade e de resistncia insulnica (RI), sendo essas alteraes prevenidas quando os animais so suplementados com clcio. Sabe-se que os peptdeos gastrointestinais (GI) atuam na regulao do apetite e em diversos outros processos, podendo ter um papel relevante no desenvolvimento da obesidade e RI. Uma vez que os animais programados pelo DP so obesos e hiperfgicos, investigamos o perfil plasmtico e tecidual de GLP-1, CCK e PYY (anorexgenos) de grelina (orexgena) e de seus receptores, assim como o efeito da dieta rica em clcio sobre estes peptdeos a fim de identificar algum distrbio no controle do apetite. Ao nascimento das proles, ratas lactantes Wistar foram separadas em: grupo DP (desmame precoce, n=20), filhotes cujas mes tiveram as mamas enfaixadas, impedindo o acesso da prole ao leite nos ltimos 3 dias de lactao; e grupo C (controle, n=10), filhotes com livre acesso ao leite materno. Aos 120 dias, as proles DP foram subdivididas em: grupo DP, alimentado com rao comercial padro, e grupo DPCa, alimentado com rao suplementada com clcio (10g de carbonato de clcio/Kg de rao). Os animais foram sacrificados aos 21 e 180 dias de vida. Quantificamos: GLP-1, CCK, PYY, grelina e citocinas (IL-6, TNF-&#945; e IL-10) plasmticas por ELISA; o contedo de grelina no estmago por ELISA e imunohistoqumica; o contedo de GLP-1 (intestino), GLP1-R (intestino, TA e ARC) e GHSR-1a (estmago e ARC) por Western blotting. Dados significativos quando p<0,05. Aos 21 dias, a prole DP apresentou aumento de GLP-1 no plasma (+168%) e GLP1-R no tecido adiposo (+72%), embora menor contedo de GLP-1 (-59%) e GLP1-R (-58%) no intestino. No observamos alteraes plasmticas de grelina, CCK e PPY e no contedo de GHSR-1a no estmago aos 21 dias. Aos 180 dias, no verificamos diferena em nenhum dos peptdeos GI no plasma na prole DP. Porm, observamos menor contedo intestinal de GLP-1 tanto no grupo DP (-33%) quanto no DPCa (-32%), e uma tendncia da grelina (+20%) e do GHSR-1a (+31%) a estarem elevados no estmago do grupo DP. Alm de menor contedo de GLP1-R no tecido adiposo no grupo DP (-59%) e maior contedo de GLP1-R no intestino da prole DPCa (+62%). No encontramos diferena entre os grupos na expresso de GLP1-R e GHSR-1a no ARC. O grupo DP apresentou ainda um perfil pr-inflamatrio caracterizado por maior TNF-&#945; e menor IL-10 no plasma. O DP alterou o perfil dos peptdeos GI a curto e longo prazos, o que pode ter colaborado para o desenvolvimento da obesidade, hiperfagia e RI neste modelo, uma vez que o GLP-1, nico peptdeo alterado no perodo de imprinting, possui um possvel papel adipognico. A suplementao com clcio foi capaz de reverter todas as alteraes produzidas pelo DP. Evidenciamos, ento, a importncia do aleitamento materno na formao do comportamento alimentar e do balano metablico, bem como o papel da suplementao com clcio no tratamento da obesidade e seus distrbios associados, inclusive nas alteraes do apetite.

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A obesidade um dos maiores problemas de sade pblica que cresce em todo o mundo, resultante de um desequilbrio entre ingesto alimentar e gasto energtico. Pode-se dizer que a obesidade o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenas crnicas de maior prevalncia como dislipidemias, doenas cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e esteatose heptica no alcolica, acarretando na reduo da qualidade e expectativa de vida. A Grelina um hormnio sintetizado pelo estmago, que atua em diferentes tecidos atravs de um receptor especfico (GHS-R1a), incluindo hipotlamo e tecidos perifricos, como o fgado. Esse hormnio est envolvido no comportamento alimentar e adiposidade, modulando o armazenamento ou utilizao dos substratos energticos no corao, msculo esqueltico, adipcitos e fgado, alm disso, revela-se de grande importncia na manuteno do metabolismo energtico heptico. Estes dados suportam a hiptese de que as vias de sinalizao responsivas grelina so um importante componente da regulao do metabolismo energtico heptico e da homeostase glicmica. O objetivo deste trabalho, foi estudar o metabolismo energtico heptico e a sinalizao da grelina em camundongos Swiss adultos obesos submetidos a dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidratos simples. Avaliamos o efeito desta dieta a partir do 21 dia de idade (desmame) at o 133 dia destes animais, atravs de parmetros biomtricos e bioqumicos, avaliao histomorfolgica, respirometria de alta resoluo, contedo de glicognio heptico e contedo de algumas protenas envolvidas na sinalizao de insulina e grelina, alm do metabolismo energtico heptico. Baseado em nossos resultados observamos que o consumo de dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidrato simples durante 16 semanas causa hiperfagia, levando ao quadro de obesidade na idade adulta e prejuzo nas vias de sinalizao dos hormnios insulina e grelina, que so importantes moduladores do metabolismo energtico heptico, favorecendo o desenvolvimento de esteatose heptica no alcolica.

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No presente estudo, foram investigados o mecanismo central e a termognese pelo tecido adiposo marrom (BAT) envolvidos com a perda de massa corporal (MC) observada com a administrao de liraglutida (anloga do hormnio GLP1). Camundongos machos C57BL/6, foram alimentados com dieta padro e tratados com veculo (SC) ou com liraglutida (SC/Lir) ou com dieta hiperlipdica e tratados com veculo (HF) ou com liraglutida (HF/Lir) Nossos resultados demostram que a administrao de liraglutida aumentou o neuropeptdeo anorexignico pro-opiomelanocortina no hipotlamo e diminuiu a expresso do mRNA da protena supressora da sinalizao de citocinas-3. A administrao de liraglutida melhorou os nveis plasmticos de adiponectina e diminuiu tanto a intolerncia glicose, como a resistncia insulina. Alm do mais, tanto o grupo SC como o grupo HF, consumiram a mesma quantidade de comida, j o grupo SC/Lir comeu 17,5 menos comida comparado com o grupo SC e, da mesma forma, o grupo HF/lir diminuiu o consumo alimentar em 22,5% comparado com o grupo HF. A massa corporal final foi 8,5% menor no grupo SC/Lir comparado com o grupo SC e 16% menor no grupo HF comparado com o grupo HF/Lir. Alm do mais, a administrao de liraglutida aumentou o consumo de oxignio e a produo de dixido de carbono, e diminuiu o quociente respiratrio. A liraglutida aumentou ainda os nveis do receptor beta 3 adrenrgico, da protena desacopladora mitocondrial-1, do TC10 e do transportador de glicose estimulado pela insulina (GLUT)-4 no BAT. Em concluso, a administrao de liraglutida em camundongos obesos induzidos por dieta ativou a via anorexignica, diminuindo o consumo alimentar, atuando sinergicamente com o aumento do gasto energtico.

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A grelina um ligante endgeno do receptor secretagogo do hormnio do crescimento (GHSR), potente estimulador da liberao do hormnio de crescimento (GH), ingesto alimentar, e adiposidade. Alm disso, sua ao hormonal inclui regulao do metabolismo energtico cardaco. Entretanto, a hipernutrio no incio da vida leva ao desenvolvimento da obesidade, induz hipertrofia cardaca, compromete a funo cardaca, e gera insuficincia cardaca na vida adulta. Avaliar protenas chaves no processo de sinalizao da grelina no remodelamento cardaco no corao de camundongos obesos aps a hipernutrio na lactao. A obesidade foi induzida por reduo de ninhada e camundongos adultos (180 dias) foram divididos em: grupo hiperalimentado, GH com obesidade decorrente de hipernutrio na lactao e controle, GC. Cardiomicitos (cmi) do ventrculo esquerdo foram analisados por microscopia de luz e estereologia, o contedo e fosforilao de protenas cardacas: receptor de grelina (hormnio do crescimento secretagogo receptor 1a, GHSR-1a), protena quinase-B (AKT e pAKT), phosphatidil inositol 3-quinase (PI3K), protena quinase ativada por AMP (AMPK e pAMPK), m-TOR, pmTOR, Bax, Bcl2 e actina foram analizados por western blotting. A expresso gnica do GHSR-1a foi analisada por PCR em tempo real. A respirometria de alta resoluo dos cardiomicitos foi analisada por oxgrafo OROBOROS. Significncia estatstica (P< 0,05) determinada por teste t-Student no-pareado. Nossos dados demonstram que a hipernutrio na lactao induz aumento no peso corporal, iniciado aos 10 dias de idade, persistindo at os 180 dias de idade. A glicemia, peso do fgado, e da gordura visceral foram maiores no grupo GH. Alm disso, o grupo GH tambm apresentou aumento no peso do corao e razo peso do corao/CT (comprimento da tbia), indicando hipertrofia e remodelamento cardaco, aumento na expresso e contedo de GHSR-1a no corao, associado ao maior contedo de PI3K e maior contedo e fosforilao de AKT, diminuio no contedo de Bcl2. Em contraste, o contedo e fosforilao da AMPK e mTOR no corao no foram diferentes entre os grupos. Os nveis de grelina plasmtico no GH foram menores. A respirao do GH com grelina foi menor que no GC com grelina. A incubao das fibras cardacas com grelina resultou em aumento do fluxo respiratrio aps adio de citocromo c nos grupos com grelina, indicando dano membrana mitocondrial e extravazamento de citocromo c. Os grupos GC com grelina e GH sem grelina apresentaram RCR menor comparado ao GC sem grelina, indicando desacoplamento mitocondrial. Nossos resultados mostram que a hipernutrio na lactao induz diminuio do nvel de grelina plasmtica e aumento da expresso do GHS-R1a no cardiomicito do animal quando adulto. Tal processo determina aumento da sensibilidade a grelina no corao, processo que ocorre independentemente de variaes do AMPK e mTOR. Sugerimos uma reduo no efeito protetor da ao da grelina na AMPK. Tambm, demonstramos que o remodelamento do miocrdio nestes animais adultos associa-se a GHSR-1a, PI3K, e fosforilao da AKT, mas no com AMPK e mTOR na vida adulta.

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A obesidade um dos maiores problemas de sade pblica que cresce em todo o mundo, resultante de um desequilbrio entre ingesto alimentar e gasto energtico. O aumento da adiposidade leva ao desenvolvimento de alteraes funcionais. Pode-se dizer que a obesidade o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenas crnicas de maior prevalncia como dislipidemias, doenas cardiovasculares e diabetes do tipo 2, acarretando na reduo da qualidade e expectativa de vida. A Grelina um hormnio sintetizado pelo estmago, que atua em diferentes tecidos atravs de um receptor especfico (GHS-R1a), incluindo hipotlamo e tecido adiposo. A grelina tem uma ao direta sobre a regulao hipotalmica da ingesto alimentar, induzindo um efeito orexgeno. Por outro lado, a grelina tambm modula o armazenamento de energia nos adipcitos. Esta dupla ao sugere que este hormnio pode atuar como uma ligao entre o sistema nervoso central e mecanismos perifricos. Portanto, considerando que a hiperalimentao neonatal induz obesidade na idade adulta por mecanismos desconhecidos, neste estudo foram pesquisados os efeitos da hiperalimentao no incio da vida sobre o desenvolvimento da obesidade e, em particular, a sinalizao da grelina no tecido adiposo em ratos jovens e adultos. Foram utilizados camundongos Swiss hiperalimentados atravs do modelo de reduo da ninhada. Para induzir a hiperalimentao as ninhadas foram reduzidas a 3 filhotes machos por lactante no 30 dia de vida ps-natal. As ninhadas controles foram ajustadas em 9 filhotes por lactante. Foram avaliados parmetros antropomtricos como: massa corporal e massa do tecido adiposo visceral. A glicemia de jejum foi avaliada utilizando glicosmetro e fitas teste. A anlise do contedo das protenas envolvidas na via de sinalizao da grelina foram detectadas pelo mtodo de Western Blotting. Os grupos controle (C) e hiperalimentado (H) foram estudados aos 21 e 180 dias de vida. Os dados demonstram que a hipernutrio no incio da vida induz um aumento significativo no peso corporal dos camundongos jovens, comeando aos 10 dias, e este aumento de peso persistiu at idade adulta (180 dias de idade). A glicemia e o peso da gordura visceral foram significativamente maiores no grupo hiperalimentado aos 21 e 180 dias, quando comparado com o grupo controle. Os nveis plasmticos de grelina acilada apresentaram uma reduo de 70% nos animais jovens e 49% adultos obesos. Alm disso, no tecido adiposo branco, observamos um maior contedo (242%) do receptor de grelina (GHSR1a) nos animais hiperalimentados com 21 dias, e este aumento foi associado modulao positiva do contedo e fosforilao de protenas envolvidas no estoque e utilizao de energia celular, tais como AKT, PI3K, AMPK, GLUT-4, e CPT1. No entanto, ao chegar idade adulta os animais hiperalimentados no apresentaram diferena significativa no contedo de GHS-R1a e das protenas AKT, PI3K, AMPK, GLUT-4, e CPT1. O contedo de PPAR&#611; foi menor no grupo obeso aos 21e 180 dias. Basicamente, mostramos que o metabolismo do tecido adiposo est alterado na obesidade adquirida no incio da vida e, provavelmente, devido a essa modificao, ocorre um novo padro da via de sinalizao da grelina.

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As mudanas nos hbitos alimentares tm causado efeitos impressionantes na sade pblica, diretamente relacionados ao aumento da ingesto de refeies ricas em gorduras, principalmente gorduras saturadas. A principal consequncia desse consumo o estado prolongado e excessivo da lipemia ps-prandial (LPP), considerada um dos fatores relacionados s anormalidades metablicas e aos danos vasculares. O objetivo do estudo foiavaliar o efeito da sobrecarga lipdica na reatividade microvascular em mulheres obesas. Das 41 participantes deste estudo, 21 apresentavam o diagnstico de obesidade, com IMC de 32,41,6 kg/m2 (mdia SD) e idade 31,65 anos e 20 mulheres saudveis, com IMC de 21,91,7 kg/m2 e idade 27,25,5 anos. Aps a avaliao clnica e laboratorial, as participantes tiveram a microcirculao examinada por dois mtodos: a dinmica do leito periungueal, para avaliao da densidade capilar funcional (DCF), velocidade de deslocamento das hemcias no basal (VDH) e aps uma isquemia de 1 min (VDHmax) e tempo de reperfuso (TVDHmax). A segunda tcnica foi a do dorso do dedo para avaliao da DCF no repouso, durante a hiperemia reativa e aps ocluso venosa. Foi feita a coleta de sangue para avaliao do colesterol total (CT), triglicerdeos (TG), HDL-c e cidos graxos livres (AGL), glicose, insulina e viscosidade plasmtica em 30 e 50 rotaes por minuto (rpm). Tambm foram medidas a presso arterial sistlica (PAS), diastlica (PAD) e frequncia cardaca (FC). Aps essas anlises no repouso, todas as participantes receberam uma refeio rica em lipdios, e aps 30, 60, 120 e 180 minutos da ingesto da refeio, os exames de videocapilaroscopia e a coleta de sangue foram novamente realizados.As participantes com obesidade apresentaram, aps a sobrecarga lipdica, valores significativamente menores do que no jejum para: DCF basal do dorso do dedo (p=0,02); DCF durante hiperemia reativa (p=0,02), DCF ps-ocluso venosa (p=0,02), HDL-c (p<0,0001), LDL-C (p<0,0001) e AGL (p<0,0001) e valores elevados para: VDH (p<0,0001), VDHmax(p=0,003), TVDHmax (p=0,004), glicose (p<0,0001), insulina (p<0,001), CT (p=0,03), TG (p<0,0001) e FC (p=0,03). Alteraes na viscosidade no foram observadas no grupo OB aps a refeio quando comparado aos seus valores basais em 30 e 50 rpm (p=0,87 e p=0,42, respectivamente). A PAS foi elevada nas participantes OB aps a sobrecarga quando comparada s saudveis em todo tempo de estudo. Conclumos que alimentos ricos em lipdios podem aumentar ainda mais a disfuno microcirculatria e as alteraes metablicas j presentes em mulheres obesas.

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A obesidade e suas complicaes metablicas afetam o sistema endcrino e vrios rgos, tais como os testculos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da ingesto de diferentes dietas hiperlipdicas (rica em cidos graxos saturados e/ou poliinsaturados) na massa corporal, no metabolismo de carboidratos e na morfologia testicular em ratos aos sete meses de idade. 39 ratos machos Wistar (trs meses de idade) foram divididos em 4 grupos: SC (standard chow; n = 9), HF-S (dieta hiperlipdica rica em cidos graxos saturados; n = 10), HF-P (dieta hiperlipdica rica em cidos graxos poliinsaturados; n = 10), HF-SP (dieta hiperlipdica rica em cidos graxos saturados e poliinsaturados; n = 10). A massa corporal foi monitorada semanalmente, at o final do experimento. Ao sacrifcio (sete meses de idade), amostras de sangue foram coletadas e os testculos foram dissecados, pesados e processados para anlises histomorfomtrica, imunohistoqumica e bioqumica. Os depsitos de gordura genital foram dissecados e pesados. Os dados foram analisados por ANOVA e ps-teste de Bonferroni, considerando p < 0,05. As dietas hiperlipdicas promoveram aumento na massa corporal dos animais quando comparado ao grupo SC (p < 0,0001). Corroborando com esse resultado, os depsitos de gordura genital dos grupos hiperlipdicos (HF-S, HF-P e HF-SP) apresentaram aumento de 67%, 91% e 90% (p = 0,0004) em relao ao grupo SC, respectivamente. Quanto aos parmetros sricos, os animais dos grupos HF-S e HF-SP apresentaram hiperglicemia (p = 0,0060), hiperinsulinemia (p = 0,0030), hipercolesterolemia (p = 0,0021). Todos os grupos hiperlipdicos apresentaram hiperleptinemia (p = 0,0019). Os nveis de triglicerdeos e testosterona no diferiram entre os grupos. Em relao ao testculo, os grupos SC, HF-P e HF-SP apresentaram maior altura do epitlio seminfero quando comparado ao grupo HF-S (p = 0,0003). No que diz respeito ao dimetro dos tbulos seminferos, verificou-se uma diminuio no grupo HF-SP, em comparao ao grupo SC (p = 0,0010). A proliferao celular foi reduzida no grupo HF-S comparado ao grupo SC (p = 0,0450). No foram observadas diferenas na massa testicular e na concentrao de colgeno. Diante do exposto, a administrao de dieta HF, independentemente da qualidade do lipdio, promoveu o sobrepeso em ratos adultos. No entanto, a dieta rica em cidos graxos saturados (banha de porco) promoveu alteraes no metabolismo dos carboidratos e na morfologia testicular, com reduo no dimetro dos tbulos seminferos, na altura do epitlio seminfero e na proliferao das clulas da linhagem espermatognica. Estas alteraes esto possivelmente relacionadas distrbios na espermatognese.

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A adiponectina, um hormnio produzido pelo tecido adiposo, atua na regulao do metabolismo energtico e interfere favoravelmente na sensibilidade insulina atravs de suas aes no fgado e musculatura esqueltica. Ao contrrio da maioria das outras adipocitocinas, associa-se inversamente com a obesidade visceral, resistncia insulina, diabetes tipo 2 e doena cardiovascular. Inmeros estudos demonstraram nos ltimos anos os efeitos de variantes genticas no gene ADIPOQ sobre os nveis circulantes de adiponectina, resistncia insulina, diabetes e obesidade. Entretanto, alm de resultados contraditrios, a maior parte desses estudos foi realizada em populaes Caucasianas e Asiticas. Avaliar, em uma populao multitnica adulta do municpio do Rio de Janeiro, as possveis associaes das variantes genticas (-11391 G>A, -11377C>G, +45T>G e T517G) no gene ADIPOQ com o fentipo obeso, nveis circulantes de adiponectina de alto peso molecular e fatores de risco cardiometablico. Trata-se de um estudo transversal. Foram estudados 100 indivduos eutrficos (IMC 18,5 24,9 kg/m2, idade: 32,5 + 9,8 anos) e 100 obesos (IMC 30 58,2 kg/m2, idade 37,5 + 14,1 anos), igualmente divididos entre homens e mulheres. Os indivduos obesos apresentaram valores significativamente maiores de circunferncia abdominal, presso arterial sistlica, diastlica e mdia, glicemia de jejum, triglicerdeos, LDL-colesterol, leptina, insulina, HOMA-IR e protena C reativa, quando comparados aos eutrficos. Contrariamente, exibiram menores valores de adiponectina e HDL-colesterol. Anlises de correlao mostraram relao inversa e significativa entre a adiponectina, circunferncia abdominal, insulina, HOMA-IR e presso arterial. Com os nveis de HDL-colesterol, a correlao foi positiva. Por meio de anlise de regresso mltipla foi possvel identificar os determinantes dos nveis sricos de adiponecinta. Sexo masculino, circunferncia abdominal, HOMA-IR e a variante gentica -11391G>A, foram os principais responsveis por essa variao, com um R2 de 30%. Quanto anlise gentica, no encontramos nenhuma associao entre essas variantes e o fentipo obeso. Entretanto, os indivduos carreadores do alelo mutante -11391A apresentaram menores valores de glicemia, presso arterial e relao cintura-quadril e maiores concentraes sanguneas de adiponectina, quando comparados aos indivduos ditos selvagens. Ademais, os carreadores do alelo mutante -11377G apresentaram menores valores de presso arterial sistlica, diastlica e mdia. Os resultados do presente estudo demonstram que nveis de adiponectina diferem entre eutrficos e obesos e que concentraes mais baixas dessa adipocitocina esto associadas a um pior perfil cardiometablico. Variantes no gene ADIPOQ podem interferir nessa relao e alguns polimorfismos parecem ter um perfil protetor no risco cardiovascular.

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A ao que o estrognio desempenha sobre o endotlio depende da integridade deste e consequentemente das caractersticas clnicas de cada indivduo. O uso da terapia hormonal da menopausa (THM) em mulheres com baixo risco cardiovascular geralmente resulta em efeitos benficos, desde que iniciado em um perodo prximo da menopausa. Em contrapartida, o seu uso em mulheres com alto risco cardiovascular, como diabticas ou portadoras de leses aterosclerticas j estabelecidas, e ainda naquelas com incio da THM em um perodo superior a dez anos da menopausa geralmente resulta em efeitos malficos. Nosso objetivo avaliar os efeitos do estrognio sobre a funo endotelial em mulheres com sobrepeso ou obesidade, ou seja, indivduos com risco cardiovascular intermedirio. Para isso, 44 mulheres na ps-menopausa com idade entre 47 a 55 anos e ndice de massa corporal (IMC) de 27,5 a 34,9kg/m, foram randomizadas nos grupos placebo (P) e estrognio transdrmico (ET). A interveno consistiu no uso transdrmico de estradiol, 1mg por dia, por um perodo de trs meses. As participantes realizaram avaliao da reatividade endotelial em repouso e aps isquemia [pletismografia por ocluso venosa (POV), com medidas do fluxo sanguneo do antebrao (FSA) e videocapilaroscopia dinmica do leito periungueal (VCLP), com medidas da velocidade de deslocamento das hemcias (VDH)], dosagens de molculas de adeso [E-selectina, molcula de adeso intercelular (ICAM-1) e molcula de adeso vascular (VCAM-1)], aferio da sensibilidade insulnica [atravs do homeostatic model assessment of insulin resistance (HOMA-IR) e rea sob a curva (AUC) da insulina durante o teste oral de tolerncia glicose (TOTG)] e mensuraes das viscosidades sangunea e plasmtica. As participantes apresentaram idade de 51,77 2,3 anos, IMC de 31,52 2,54 kg/m e tempo de menopausa de 3 [2-5] anos. O grupo P no apresentou nenhuma mudana significativa em qualquer varivel. Aps a interveno, o grupo ET comparado ao basal apresentou menor tempo para atingir a VDH mxima durante a hiperemia reativa ps-oclusiva (HRPO) aps 1 min de isquemia (4,0 [3,25-5,0] vs. 5,0 [4,0-6,0] s, P<0.05) e maior VDH tanto em repouso (0,316 [0,309-0,326] vs. 0,303 [0,285-0,310] mm/s; P<0,001) quanto na HRPO (0,374 [0,353-0,376] vs. 0,341 [0,334-0,373] mm/s; P<0,001), assim como observamos maior FSA em repouso (2,46 [1,81-3,28] vs. 1,89 [1,46-2,44] ml/min.100ml tecido-1; P<0,01) e durante a HRPO aps 3 min de isquemia (6,39 [5,37-9,39] vs. 5,23 [4,62-7,47] ml/min.100ml tecido-1; P<0,001). O grupo ET tambm apresentou diminuio nos nveis solveis de E-Selectina (68,95 [50,18-102,8] vs. 58,4 [44,53-94,03] ng/ml; P<0,05), de ICAM-1 (188 [145-212] vs. 175 [130-200] ng/ml; P<0,01), do HOMAIR (3,35 1,67 vs. 2,85 1,60; P<0,05) e da AUC da insulina durante o TOTG (152 [117-186] vs. 115 [85-178]; P<0,01), alm de diminuio das viscosidades sangunea com hematcrito nativo (3,72 0,21 vs. 3,57 0,12 mPa.s; P<0,01) e plasmtica (1,49 0,10 vs. 1,45 0,08 mPa.s; P<0,05), comparado ao seu basal. Em concluso o uso de estradiol transdrmico em mulheres com excesso de peso e menopausa recente, promove melhora da funo endotelial, alm de oferecer proteo a outros fatores de risco cardiovascular.

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O consumo excessivo de gorduras tem sido implicado na gnese da obesidade e de diversas comorbidades relacionadas a esta doena. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento resistido em ratos alimentados com dieta hiperlipdica nas seguintes variveis: composio corporal, adiposidade, rea de adipcitos, expresso do fator de crescimento do endotlio vascular (VEGF) e dos receptores ativados por proliferadores de peroxissomo tipo gama (PPAR-&#947;) no tecido adiposo retroperitoneal, nveis pressricos e atividade da metaloproteinase-2 (MMP-2) no ventrculo esquerdo. Foram avaliados 32 ratos machos Wistar divididos em quatro grupos experimentais (n=8/cada) de acordo com o tipo de dieta e o treinamento: sedentrio (SED; dieta padro), sedentrio obeso [SED-OB; dieta hiperlipdica (30% de gordura)], treinamento resistido (TR; dieta padro) e treinamento resistido obeso (TR-OB; dieta hiperlipdica). Aps o desmame (dia 21), os animais foram submetidos dieta experimental durante 24 semanas. Doze semanas aps incio da dieta, os grupos TR e TR-OB iniciaram o perodo de 12 semanas de treinamento resistido. Este era composto por escaladas em uma escada vertical de 1.1 metros com pesos atados a cauda num total de trs sesses de treinamento por semana (Segundas, Quartas e Sextas-feiras) com 4 a 9 escaladas/sesso e 8 a 12 movimentos dinmicos a cada subida. O treinamento resistido induziu redues significativas na massa corporal, na massa gorda, no percentual de gordura, na rea de adipcitos e nos nveis pressricos e ainda promoveu aumento de massa magra e na expresso de VEGF e PPAR-&#947; em ambos os grupos treinados. Alm disso, foi observada uma maior atividade da MMP-2 no ventrculo esquerdo nos grupos treinados (TR e TR-OB). Nossos achados demonstram que o treinamento resistido foi capaz de promover mudanas positivas na composio corporal, na atividade da MMP-2 no ventrculo esquerdo, nos nveis pressricos e em mediadores enzimticos do tecido adiposo retroperitoneal sugerindo que esta modalidade de exerccio pode ser uma ferramenta til para prevenir as alteraes induzidos pelo consumo de uma dieta hiperlipdica.

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O extrato aquoso de erva-mate, obtido a partir de folhas secas de Ilex paraguariensis, uma bebida amplamente consumida na Amrica do Sul. Inicialmente, nosso objetivo foi caracterizar os compostos presentes nas amostras de erva-mate disponveis no mercado brasileiro (CH: chimarro; T: ch mate torrado; G: ch mate torrado, comercialmente acondicionado em garrafas ou C: em copos; TS: ch mate torrado solvel A mutagenicidade, citotoxicidade e antimutagenicidade de todas as amostras tambm foram avaliadas atavs do Teste de Ames na presena e na ausncia de ativao metablica. Em seguida, analisamos a amostra TS (2,5, 5,0 e 10 mg/mL) quanto a sua atividade antioxidante e antigenotxica. Alm disso, avaliamos tambm os efeitos da amostra TS sobre a sinalizao da leptina e da insulina no hipotlamo e o estresse oxidativo heptico de ratos adultos obesos programados pela superalimentao neonatal (S). Para induzir S, o tamanho da ninhada foi reduzido a trs filhotes por lactante e as ninhadas com nmero padro de filhotes (dez/lactante) foram utilizadas como controle. Aos 150 dias de vida, as proles S foram subdivididas em: TS - tratados com extrato aquoso de erva-mate (1g/kg de peso corporal/dia, por gavagem) e S - recebendo gua por gavagem durante 30 dias. A prole controle (C) tambm recebeu gua nas mesmas condies do grupo S. Em nossos resultados, verificamos a presena de cido clorognico, cafena e teobromina em todas as amostras analisadas. O contedo de compostos fenlicos nas infuses estudadas foram CH: 5,140,23; T: 4,330,01; G: 0,930,25; C: 0,800,3 e TS: 8,350,5 mg/ml. No observamos efeito mutagnico ou citotxico nas amostras analisadas. Um efeito antimutagnico significativo foi observado para a cepa TA97 (pr-, co- e ps-tratamento), na presena de ativao metablica, em todas as amostras testadas. A amostra TS tambm apresentou um efeito antimutagnico significativo para a TA102 (pr-, co-e e ps-tratamento), na presena de ativao metablica. Na anlise exclusiva da amostra TS, observamos uma atividade antioxidante quando utilizado o ensaio de DPPH, apresentando IC50 69,3+3,1 &#956;g/ml. Alm disso, a amostra TS apresentou um efeito protetor sobre a quebra do DNA plasmidial induzida por radicais superxido e hidroxila, de maneira dose dependente. No teste do cometa, detectamos um efeito antigenotxico induzido pelo TS em cultura primria de clulas epiteliais de esfago. Em nossos testes in vivo observamos que os animais TS no desenvolveram sobrepeso, obesidade visceral e hiperfagia. A resistncia hipotalmica leptina no foi significativamente revertida, porm a resistncia insulina foi minimizada pelo tratamento com TS no grupo programado pela S. No fgado, TS normalizou as atividades das enzimas antioxidantes (SOD, GPx e CAT) e diminuiu os marcadores de estresse oxidativo, MDA e 4-HNE. O tratamento com TS tambm reduziu o contedo de glicognio e triglicerdios hepticos. Nossos resultados sugerem que a erva-mate foi capaz de proteger o DNA contra danos oxidativos, aumentou as defesas antioxidantes, melhorou a funo heptica em ratos superalimentados na lactao, talvez atravs da modulao da sinalizao hipotalmica da insulina podendo ser, portanto, uma importante ferramenta para preveno e tratamento de doenas relacionadas ao estresse oxidativo.

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O consumo materno de dieta hiperlipdica saturada durante a gestao e lactao favorece o desenvolvimento obesidade e anormalidades metablicas na prole. Este trabalho teve como objetivo testar a hiptese de que a prole proveniente de mes alimentadas com dieta hiperlipdica durante a gestao e lactao desenvolve obesidade e anormalidades metablicas e de que essas alteraes esto associadas a resistncia central a leptina. As ratas grvidas da linhagem C57BL/6 (n=20) foram alimentadas com dieta standard chow (SC; 19% de lipdeos) ou dieta hiperlipdica (HF; 49% de lipdeos) durante todo perodo de gestao e lactao. Aps o desmame, a prole de machos foi dividida em quatro grupos experimentais, de acordo com a dieta das mes e da prole: SC(mes)/SC(prole), SC/HF, HF/SC e HF/HF (n=12/gp). As caractersticas metablicas foram avaliadas pela curva de ganho de peso; medida da presso arterial; glicose de jejum, rea sob a curva no teste oral de tolerncia a glicose; concentraes de triglicerdeos hepticos e estimativa da esteatose heptica; anlise plasmtica de insulina e leptina e; distribuio e anlise morfolgica do tecido adiposo. Para analisar a sensibilidade a leptina, os quatro grupos originais foram subdivididos em dois grupos cada (veculo ou leptina-5g) para verificar a resposta alimentar (g) aps o tratamento agudo intracerebroventricular (ICV) e a sinalizao hipotalmica de leptina. A dieta HF durante o perodo ps-desmame (grupo SC/HF), durante gestao e lactao (grupo HF/SC), ou ambos os perodos (grupo HF/HF), promoveu aumento da massa corporal. No que concerne as alteraes hepticas e a ao da insulina, a dieta HF durante o perodo perinatal favoreceu 25% de esteatose heptica, hiperinsulinemia e hiperleptinemia, enquanto os demais grupos experimentais SC/HF e HF/HF, demonstraram um padro mais exacerbado. A avaliao da distribuio e morfometria do tecido adiposo demonstra o importante papel da dieta HF perinatal em amplificar a habilidade de estocar gordura visceral na prole. Considerando a ao central da leptina nos grupos tratados, a resposta alimentar mostrou-se atenuada em SC/HF, indicando o efeito determinante da dieta ps-desmame sobre a ao da leptina nesse modelo. Os resultados indicam fortemente que a dieta HF materna afeta a sade da prole adulta. Especificamente, a prole programada apresenta esteatose heptica, hipertrofia de adipcitos, aumento de gordura visceral, hiperleptinemia e resistncia a insulina. Esse fentipo no est associado a resistncia central a leptina na prole aos trs meses de idade.